Definição
Fato
de uma formação inconsciente, seja sintoma, sonho, ato falho,
delírio
etc, ter vários fatores determinantes.
Histórico
Esta
concepção dinâmica é bastante precoce na compreensão freudiana da vida
mental. Já em 1895, no texto Estudos sobre a Histeria (Edição
Standard Brasileira da Obra Psicológica Completa de Sigmund Freud, vol.
II, Ed. Imago, R.J.), Freud descreve os sintomas
histéricos como sendo formados a partir de diferentes elementos
traumáticos que convergem na formação do sintoma. E em seu A
Interpretação dos Sonhos (idem, vol. IV) diz que “cada um dos
elementos do conteúdo manisfesto do sonho é sobredeterminado,
representado diversas vezes nos pensamentos latentes do sonho”.
Clínica
Os
elementos inconscientes (conteúdos latentes) se organizam em seqüências
diferentes, cada uma das quais com a sua coerência própria, mas para
alcançarem a consciência se agrupam seguindo as leis do inconsciente: deslocamento, condensação e
considerações de representabilidade. Assim, o conteúdo manifesto sempre
apresenta diferentes, mas não ilimitados, níveis de interpretação.
Portanto, toda e qualquer formação do inconsciente é resultante de um
compromisso entre diferentes cadeias de
material inconsciente.
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