Definição
Processo, descrito inicialmente por Freud,
através do qual uma pessoa elege a uma outra pessoa como alguém
psicologicamente significativo. É um
processo consciente, mas intensamente influenciado por
conteúdos mentais inconscientes.
Tipos
Escolha anaclítica de objeto: baseada no
modelo das figuras parentais, isto é, ser amado e tratado como o foi
pela mãe/pai. A relação que se estabelece no presente tem semelhanças
com a relação que havia no passado.
Escolha narcísica de
objeto: baseada na
própria pessoa, isto é, o objeto escolhido é semelhante à pessoa que o
escolheu ou, então, ele é como a pessoa gostaria de ser.
Os
dois tipos de escolha não são opostos e nem excludentes, podendo se
alternar ou se combinar
Histórico
A
investigação sobre a escolha objetal se iniciou no texto Três Ensaios
sobre a Teoria da Sexualidade (Edição Standard da Obra
Psicológica Completa
de S. Freud, vol. VII; Ed. Imago, R.J.) com a formulação sobre um
tipo de escolha objetal que segue a evolução da
libido. Assim como a libido surge a partir (por anáclise ou apoio)
das pulsões de autoconservação, o objeto de
amor surge a partir do (apoiando-se no) objeto original.
Em Sobre o Narcisismo: uma introdução (idem, vol. XIV), Freud
afirma que “segundo o tipo anaclítico de escolha objetal, ama-se: a) a
mulher que alimenta, b) o homem que protege e as linhagens de pessoas
substitutas que dele descendem”.
Neste
mesmo artigo sobre o narcisismo, ao estudar o tema da homossexualidade,
Freud propõe o segundo tipo de escolha objetal, a escolha narcísica.
Neste tipo, não se trata de reproduzir (ou perpetuar) uma relação
anterior, e sim de não estabelecer relação de objeto, pois o outro nada
mais é do que a própria pessoa. Neste tipo de escolha, ainda seguindo o
texto sobre o narcisismo, ama-se o que se é, o que se foi, o que se
gostaria de ser ou, então, uma pessoa que foi parte da própria pessoa.
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