Um homem de pouco mais de cinquenta anos, casado e com filhos já adultos, que procurou
o ambulatório de clínica médica com queixas de cansaço e desânimo, foi encaminhado
para atendimento pela Psicologia Médica com o diagnóstico de depressão. Na entrevista
inicial foi evidenciado que a vida do paciente mudou depois dele ter perdido o emprego,
no qual trabalhara, com orgulho e satisfação, por mais de 10 anos. Logo após perdeu
a sogra e nunca mais conseguiu se estabilizar em um novo trabalho. Na entrevista,
o paciente mostrou-se preocupado com o futuro dos filhos que ainda dependem financeiramente
dele. O paciente não deu início ao tratamento.
A partir da discussão sobre alguns aspectos técnicos referentes ao encaminhamento
para tratamento psicológico e às entrevistas iniciais, abordou-se o papel e a importância
do estabelecimento do vínculo terapêutico.
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