Resumo da Reunião Clínica
 

Uma mulher de 20 anos, casada, veio encaminhada com o diagnóstico de esclerose múltipla, cujo sintoma principal é fraqueza nos membros inferiores. A paciente etá sem conseguir andar há 2 anos. Na internação, os exames, tanto físico quanto laboratoriais, não evidenciaram nenhuma alteração neurológica, razão pela qual o acompanhamento pela Psicologia Médica foi inciado. Poucos dias depois de iniciar o relato sobre a difícil infância em decorrência de alcoolismo paterno e maus tratos maternos, a paciente começou a apresentar sinais de melhora e, em mais alguns dias, voltou a andar. A paciente não recebeu nenhum tratamento medicamentoso. Saiu de alta assintomática, mas não demonstrou nenhum interesse em dar continuidade ao tratamento em regime ambulatorial.

Discutiu-se, inicialmente, o diagnóstico diferencial entre esclerose múltipla e histeria de conversão. Em seguida, procedeu-se ao exame do breve e quase miraculoso tratamento, cujo sucesso foi entendido uma “fuga para a saúde".